O Auto da Barca do
Inferno, uma peça teatral, foi apresentado pela primeira vez em 1531, é a
primeira parte da trilogia das Barcas, a obra prima de Gil Vicente. O Auto não
tem uma estrutura definida, é classificado como um Auto de moralidade,
mesmo que muitas vezes se aproxime da farsa.
A peça inicia-se num
porto imaginário, onde se encontram duas barcas, a Barca do Inferno, cuja
tripulação é o Diabo e o seu Companheiro, e a
Barca da Glória, tendo como tripulação um Anjo na proa.
Apresentam-se a
julgamento as seguintes personagens:
Fidalgo,um representante da nobreza;
Onzeneiro, um agiota;
Sapateiro;
Judeu, chamado de Semifará;
Um Corregador e um Procurador, representantes da lei.
Um homem que morreu enforcado
Quatro Cavaleiros que morreram defendendo o cristianismo.
Cada personagem
discute com o Diabo e
com o Anjo para
qual das barcas entrará. No final, só os Quatro Cavaleiros e o Parvo entram na
Barca da Glória, todos os outros rumam ao Inferno.
Trecho:
“Primeiramente, no presente auto, pressupõem-se que, no momento em que acabamos de morrer, chegamos subitamente a um rio, o qual, por força, teremos de passar num dos dois batéis que estão atracados num porto. Um deles vai em direção ao paraíso e o outro para o inferno. Os tais batéis têm, cada um, os seus comandantes na proa: o do paraíso um anjo, e o do inferno um comandante infernal e um companheiro.”
“[...]DIABO
À barca, à barca, venham lá!
Que temos gentil maré!
–
dirigindo-se ao companheiro –
Ora
põe o barco à ré! (vira a traseira do barco)
COMPANHEIRO
DO DIABO
Está
feito, está feito! [...]”
“[...]
ANJO
Não
se embarca tirania,
Neste
batel divinal.
FIDALGO
Não
sei porque negais entrada
À minha senhoria...
[...]”
Obra
completa:
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirlegal
ResponderExcluirAchei bem auto explicativo, bem apresentado e com bons posts.
ResponderExcluirGostei
Ficou muito bom, muito bem explicado! Parabéns!
ResponderExcluirParabéns! Conseguiram explicar muito bem.
ResponderExcluirmuto bem construído. :)
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